4 de mar. de 2011

CARNAVAL… CARNAVAL…

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A Terra é abençoada escola de aprendizado e aperfeiçoamento e nela milhões de Espíritos encontram lenitivo para suas dores e novas oportunidades de recomeçar; como ha muitos outros que ainda se deixam prender nas sombras de suas misérias e vaidades, o que não implica que estarão perpetuamente nestas condições, terão a sua hora de despertar e de recomeçar como todos em igualdade conforme suas necessidades.

E esta abençoada escola guarda em si as inúmeras classes de ensinos religiosos que visam ao despertar do ser conforme a tendência e sua crença mística, da mais simples expressão religiosa ao mais complexo sistema doutrinário de aperfeiçoamento. Como é lógico que nenhum ser vinculada a Terra se encontra sobre o guante de correntes que lhe tolhem sua liberdade de ação e de expressões festivas e artísticas.

A cada qual é dado a faculdade do Livre Arbítrio para que possam ser responsáveis por seus méritos e deméritos, se assim não o fosse qual o valor de seu aprendizado na Terra? Antes de proibir ou condenar qualquer evento de cunho festivo popular é necessário analisar como seria a vida humana se fosse reduzida somente as lutas e esforços diários para sua sobrevivência e garantia de conforto para seus iguais e analisar como o ser age e interage dentro destas esferas de festas populares.

Para muitos o Carnaval que simboliza festas pagãs e tem seu termo originário da expressão Festa da Carne é a mais notória expressão da depravação humana e de seus instintos mais baixos. Somente que uma analise mais criteriosa entre dois pontos talvez possa esclarecer o que muitas vezes passa despercebido pelo cunho de excesso religioso ou apego em demasia a doutrina religiosa. Correto que o Carnaval tem suas raízes as mais antigas tradições da humanidade, como é certo que no Brasil sua expressão é mais aguardada que em muitos outros países. Seu colorido, sua criatividade musical, sua capacidade de reunir multidões em dias festivos demonstram em si a essência característica de como, apesar dos pesares, o brasileiro sabe ser alegre e hospitaleiro. Agora se grande percentagem deixa se levar pelo exagero, pelos delírios da carne e do prazer fácil do álcool, do uso em entorpecentes e as mais torpes formas de relações carnais, não se poderá imputar no Carnaval o responsável direto por estes acontecimentos vis e funestos. Cada um tem sua consciência de como  agir dentro da esfera de seu livre arbítrio, onde consequentemente terá que responder pelo que venha a fazer de positivo como de negativo.

Orar e vigiar ainda e a sentença máxima que muitas vezes é esquecida e no calor das emoções inebriantes fatalmente o discípulo vigilante será instrumento de irmãos que estejam a espreita para extravasar suas mais dolorosas urdiduras a favor das trevas, sendo fácil entender porque nesta época do ano parece haver um apelo incondicional aos desejos da carne e aos desvairos do materialismo.

Agora se o Carnaval tem a função artística de levar a alegria e a inspiração como expressão característica própria, e muitos esquecem de orar e vigiar para terem uma diversão mais sã e racional, onde esta o culpado e o erro?

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