8 de fev. de 2011

ROMANCE ESPÍRITA

Literatura Espírita - Pacote de Livros

O livro espírita tem como função o estudo e a divulgação da Doutrina. Um dos fatos que nunca deve ser esquecido é que a Doutrina Espírita não nasceu e muito menos foi concebida pelo pensamento, filosofia ou teologia humana. Antes mesmo de nosso orbe existir os Espíritos já existiam e mesmo que nosso planeta deixa de existir em nada afetara o mundo espiritual. Kardec sempre deixou claro que houve a codificação, ou seja, apenas reuniu os ensinos que se encontravam dispersos nos vários aspectos espiritualista humano. E a Codificação da Doutrina esta baseada em cinco livros mais conhecidos como Pentateuco Kardequiano, a saber: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese; após seu desenlace carnal foi publicado Obras Póstuma.

A partir destas primícias fácil entender como a Doutrina se ramificou no terreno da filosofia, da ciência e da religião, pois o pentateuco kardequiano em sua essência reunia esta tríplice aliança. Nos dias atuais a doutrina tem baseado seus fundamentos e princípios em Romances Espiritas, obviamente que esta nova vertente se deva ao esforço incansável de nosso médium querido Chico Xavier através da psicografia de Emmanuel, André Luiz e outros, sem contar a divulgação das inúmeras mensagens de famílias que receberam uma nova esperança dos entes que partiram. Analisar a vida de Chico Xavier com a de Allan Kardec, a produção literária incansável de um para com outro, leva a certeza de que há uma continuidade no que aparentemente ainda ficou para se terminar ou dar continuidade. Mas, esta questão ainda é polêmica e a base da doutrina não é polemicar, mas, sim, esclarecer.

Hoje o que vemos é uma constância ininterrupta na produção de romances espiritas, onde não faltam médiuns psicográficos. Seria de muito valor esta proliferação do ensino da Doutrina, se não fosse por um aparte que vem se mostrando agravante para grande prejuízo do Espiritismo. A perda da humildade e o crescimento da vaidade. Ao se olhar hoje a contra capa ou as abas de um livro oque se nota? Uma ligeira explicação da obra e uma extensa biografia exaltando as qualidades beneméritas do médium e uma ou duas linhas do Espirito que ditou a obra. Ficando portanto a questão: foi o médium que escreveu o romance e o espirito serviu apenas de mero instrumento, ou foi o espírito quem escreveu a obra sendo o médium apenas o instrumento? O que se nota atualmente é a inversão dos valores, ou seja: o médium acima do espírito, como se mediunidade fosse prêmio, recompensa onde o medianeiro esta acima de tudo e merece destaque importante e especial.

Outro ponto que se nota e a repetição das histórias narradas com personagens diferentes e situações idênticas. De momento o que se encontra em maior voga e o período escravatura e a reencarnação na atualidade, com dores, sofrimentos e obsessões. O que leva ao engano clássico e irretocável de que se nasce para simplesmente e trivialmente para ¨pagar¨ os ¨pecados¨ cometidos em outras vidas. Será que não seria porventura que se nasce para evoluir, aparar arestas e aprender a Lei do Amor?

Quem sabe uma rápida consulta aos livros Kardequianos, uma ligeira atenção nos exemplos de Bezerra de Menezes, Chico Xavier e outros dentro do arraial espirita como também a observação em São Francisco, Madre Teresa de Calcutá, Papa João Paulo dentro do arraial católico não reverta este quadro e devolva o justo merecimento a quem mereça se resguardando no silencio e porque não, no anonimato para o bem de toda expressão religioso e o crescimento da humildade na diminuição da vaidade humana?

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